Marcelo Moreno, do Inacreditável F.C.
O Grêmio foi o clube que mais contratou, na janela aberta no final de 2011/início de 2012. Trouxe nomes como Kleber, Marcelo Moreno, Marco Antônio, Bertoglio e Vanderlei Luxemburgo. Tudo indicava que, se não teríamos o melhor time do Brasil, poderíamos ao menos sonhar mais alto este ano. Mas a sequência de vitórias - cinco, entre Gauchão e Copa do Brasil - não esconde a dificuldade que nosso técnico está enfrentando para consolidar o elenco tricolor.
O jogo de ontem, contra o River Plate-SE (partida de volta da Copa do Brasil, após a virada constrangedora por 3 a 2 em Aracaju), mostra o quanto o Grêmio ainda tem que melhorar se quiser levantar alguma taça em 2012. O adversário, oriundo do interior sergipano, já está fora até da disputa do estadual, que, convenhamos, não é campeonato dos mais tradicionais. O time enfrentou uma longa viagem até São Paulo, ficou mais três horas no aeroporto até pegar uma conexão para Porto Alegre, e ainda contou com quatro reservas entre os titulares. E, ainda assim, saiu na frente. Com dez minutos de jogo, o placar já marcava um a zero para o River, após mais uma lambança de nossa "zaga" e do goleiro Victor. Inadmissível.
Depois de levar muito sufoco, e de ter que se esforçar muito para encontrar espaço na forte marcação dos sergipanos, Marcelo Moreno protagonizou um lance que só não é digno de Deivid, do Flamengo, porque terminou em gol. A bola estava quase na linha das traves, mas o boliviano primeiro pisou na bola, quase a perdeu, teve que dar uma volta em si mesmo e só então a empurrou para as redes. Ufa! Que coisa patética.
No segundo tempo, o River teve o autor de sue gol expulso, após um carrinho por trás em Bertoglio (que não fez boa partida, em sua estreia como titular). Mesmo com um a menos, e na casa do Grêmio, o time da Calcinha Preta Productions nos deu trabalho. Uma vergonha. Werley, que fez o gol da virada, aproveitando a perfeita batida de escanteio de Marquinhos, errou muito na zaga, e não é solução para nossa defesa. Mas, pelo menos, fez um gol. Aliás, sugiro à direção tricolor a contratação de Fernando Belém, do River. Ele, sim, é um zagueiro de verdade.
O terceiro gol veio aos 39 minutos, na cobrança de falta de Léo Gago, que enfiou a canhota na bola. Esta desviou no zagueiro do River e enganou o bom goleiro adversário, que mesmo em forma de kibe, é muito ágil. Mais que Victor, diga-se de passagem.
E foi isso. Apesar do resultado, o Grêmio merece vaias pela má atuação, diante de uma equipe que não tem um décimo do preparo físico e das condições financeiras de que dispõem nossos atletas. Parabéns ao River Palte-SE. E, Grêmio, ACORDA.
P.s.: Este é o último ano do Olímpico, como já disse nosso blogueiro oficial, Lucas Von. Mas ontem o Monumental registrou público de menos de 21 mil torcedores, menos de metade dos que compareceram à partida contra o Traíra, ano passado. Será que ele merece mais nossa atenção que nossa querida casa? Não, né? Sei que o horário é ingrato (19:30h, CBF?), mas façamos um esforço. Afinal, é a despedida do palco de tantas glórias tricolores.

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