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terça-feira, 18 de outubro de 2011

Ainda à espera de um Miralles


                                                        (Foto: Bruno Junqueira/TRATO.TXT)

"Depois da vitória de 1 a 0 sobre o Santos, conquistada na Vila Belmiro, o técnico Celso Roth rebateu. Seguiu com o discurso de que o argentino precisará mudar sua postura para jogar pelo Grêmio e foi além. Afirmou que Miralles não teve respeito com os colegas ao reclamar por não ter sido relacionado.
          - O Miralles precisa resolver o problema dele com a diretoria. Ele precisa melhorar a participação nos treinos, a atitude no dia a dia e a falta de respeito que ele teve com os colegas - disse o treinador."  

                                                                             - informações do Globoesporte.com


Miralles errou ao se manifestar em uma entrevista coletiva. Mas Roth também está errado. Uma coisa é exigir disciplina e dedicação; outra é implicar com um jogador e não dar a ele oportunidade de mostrar serviço. Escudero e Marquinhos são provas de que basta deixar o jogador ter sequência para engrenar no time. Com Renato e Julinho Camargo, o atacante argentino e o ex-avaiano não tinham chance, mas Roth lhes deu uma oportunidade ao redesenhar o time. Hoje, os dois são fundamentais para o Grêmio.

Eu mesmo fui crítico constante de Marquinhos, quando da contratação do meia, por achar que ele não demonstrava vontade de estar no Grêmio, e por seu fraco desempenho em campo. Mas depois da reorganização promovida por Roth, ele passou a jogar melhor, porque estava bem posicionado, e sabia o que o treinador queria que ele fizesse. O mesmo vale para Escudero, que começou muito fraco, e com o tempo, mostrou-se um bom atacante.

Com a má fase de André Lima, não seria a hora de dar mais espaço para MIralles? No Colo Colo, ele matava o jogo porque tinha a seu lado Paredes, que sempre deixava o atacante na cara do gol. Ou seja, a característica de Miralles é a mesma de Loco Abreu no Botafogo: um jogador de pequena área, que decide a partida, mas que precisa que passem a bola para ele. Função que se esperava que André Lima cumprisse, na ausência de Jonas. O problema é que Lima era quem passava a bola para nosso ex-camisa 7, não quem fazia os gols. Quando se viu com esta responsabilidade, já na pré-Libertadores, sua eficiência caiu muito.

Se Celso Roth não quiser repetir sua sina de morrer na praia, é bom tomar um calmante e repensar essa birra com o argentino. Ele pode ser o que o torcedor do Grêmio quer desde o início deste ano: um homem-gol. Só que para isso, tem que estar em campo, e na posição certa. Do banco, não conseguirá fazer nada além de "mirar".

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