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terça-feira, 25 de outubro de 2011

Não Vamos Nos Rebaixar

                                  "- Dá um sorriso, Ronaldo. Vamos tirar muita grana
                          desses caras, aí..."


Por duas vezes, Ronaldinho e Assis fizeram o Grêmio de palhaço. Na primeira oportunidade, em 2001, o jogador revelado pelo Imortal trocou-nos pelo Paris Saint-Germain de forma não muito honrosa, mas parte da culpa pode ser atribuída ao próprio Grêmio, que estabeleceu um contrato que beira os limtes do amadorismo no quesito garantias. Não havia multa rescisória ou qualquer outro mecanismo de defesa dos direitos do clube; terminado o vínculo, em fevereiro daquele ano, Ronaldinho foi para seu novo clube sem gerar lucro ao Grêmio. Nem o fato do contrato ter sido assinado às escuras pode atenuar a ingenuidade da diretoria tricolor da época.

Ronaldinho saiu do clube francês novamente na surdina, e foi para o Barcelona. Os dirigentes do PSG não podem ouvir falar em seu nome até hoje, tamanha a mágoa que têm do brasileiro. Depois de se consagrar como o melhor do mundo por duas vezes, Ronaldinho começou a ver seu futebol, antes digno de um show acrobático, perder a qualidade, e foi para o Milan, onde não conseguiu repetir as boas atuações de outrora.


Desta vez, pelo menos, sua saída do clube parecia acontecer de forma mais madura e honesta. O Grêmio havia entrado em contato com Assis, irmão e empresário do jogador, para tratar da possível volta dele ao Olímpico. Estava tudo acertado, em dezembro de 2010, e o presidente gremista Paulo Odone recebeu Assis em sua casa para finalizar a contratação. Sem mais nem menos, Assis informou Odone sobre o interesse do Flamengo e do Palmeiras no passe de Ronaldinho, e pediu que aumentasse o valor do contrato. Odone cedeu uma vez. Mas, de novo na surdina, o jogador e seu irmão já negociavam com o clube carioca.

Novamente, Assis pediu que Odone aumentasse os valores oferecidos, e então, em janeiro de 2011, o presidente foi a público para tirar o Grêmio daquele leilão em que se transformara o retorno do atleta. Como já estava tudo arranjado, a contratação dele pelo Flamengo aconteceu muito rapidamente, com a providencial presença do vice-presidente do Milan no Rio de Janeiro. Pronto. Ronaldinho Carioca e seu irmão sem caráter conseguiram um contrato milionário, e fizeram o Grêmio de trouxa, mais uma vez.

No próximo domingo, Grêmio e Flamengo se enfrentarão no Olímpico, pela 32a rodada do Brasileirão. Quando o confronto aconteceu no Engenhão, Ronaldinho e sua tchurma venceram por 2 a 0, com direito a um drible desconcertante do pilantra em Victor. Tomara que dessa vez a sorte esteja do nosso lado, e que Ronaldinho sinta o peso da torcida tricolor. Não com objetos atirados em campo (isso apenas prejudicaria o Grêmio), mas dentro das quatro linhas, sem desonestidade. Deixemos a baixeza para os Assis Moreira. Sejamos superiores; mostremos que o Grêmio é maior que qualquer jogador, especialmente os que não têm honra.



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