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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Times ganham ‘forcinha’ indecente (por José Ilan)

Segue um texto escrito pelo jornalista do Globoesporte.com, José Ilan, em sua coluna Ilan House.



 "A duas rodadas do fim do campeonato, o STJD adia três julgamentos de réus já condenados.
São os casos de Abel Braga (Fluminense), Renato Abreu (Flamengo) e Emerson Sheik (Corinthians). Depois das sentenças inciais, os clubes entraram com recursos e continuaram usando os mesmos por várias rodadas.
Já estava de bom tamanho? Qual nada. É provável que só cumpram as
penas no ano que vem. Isso se não derem um jeito de fazê-lo durante as férias e o Natal, claro…
Seriam mantidas as condenações no segundo julgamento? Não sei. Poderiam ser aumentadas, diminuídas, até tornarem-se absolvições.
Mas obviamente os pedidos de adiamento – nos três casos – não se baseiam em motivos justos e consistentes. Trata-se apenas de um artifício torpe para não perder figuras importantes na hora da decisão. Alegar que a lei permite e há brechas jurídicas é ignorar sumariamente um mínimo de fair play e ética esportiva, outra vez jogados na lama.
E não, o caso do Vasco, que perdeu um mando de campo e acaba de conseguir efeito suspensivo, não é igual, pelo menos por enquanto. O clube usa o mesmo artifício que permitiu que os três nomes citados não tenham, até agora, cumprido as sentenças. Mas o Vasco (ainda) não teve julgamento adiado.
Ao acatar a mudança de data, o STJD além de ser condescendente com a manobra, prejudica a todos os outros envolvidos na disputa. Na prática, o Tribunal obstrui a justiça, em vez de fazê-la.
Torcedores que não conseguem enxergar dois palmos acima de clubismos e celebram a “esperteza”, já podem se envergonhar no espelho e provavelmente se orgulhar dos políticos que têm.
Futebol deveria ser jogo limpo e jogado só dentro de campo.
Pode parecer clichê, mas no Brasil tem outro nome:
Utopia."

                                                                        José Ilan escreve para o Globoesporte.com. desde 2008.

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